A Cela Nova é uma velha freguesia rural amarrada no passado mas que precisa de saltar para o futuro. Queremos fazer deste sítio um espaço de reflexão sobre a nossa terra ....
Sábado, 26 de Abril de 2008
25 de Abril

Humberto Delgado e o 25 de Abril

assinalados na Cela Velha

 

Humberto Delgado, General Sem Medo, sonhou com a Liberdade e desejou a Democracia, pagou com a vida a ousadia de se defender tão nobres ideais tornando-se num percursor da Democracia que em Abril de 1974 viria a ser conquistada. Na Cela Velha, sua aldeia adoptiva, após a Revolução dos Cravos, foi erigido o primeiro e o maior monumento em sua memória e por iniciativa do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo” este monumento tornou-se num local de romagem e todos os anos no dia 25 de Abril esta data é aqui assinalada.

Neste dia 25 de Abril de 2008, uma vez mais voltamos ao local nesta romagem de homenagem à Liberdade e à Democracia recordando Humberto Delgado e as conquistas de Abril. Presentes estiveram o Presidente da Assembleia Municipal, o celense Dr Paulo Inácio; o Presidente da Câmara, Dr Gonçalves Sapinho, vários vereadores do Executivo Municipal; o Presidente da Assembleia de Freguesia da Cela, Paulo Mateus, o Presidente da Junta de Freguesia da Cela, José Figueiredo acompanhado pelo seu tesoureiro; vários elementos da Assembleia de Freguesia e representantes de vários partidos políticos entre muitas outras pessoas. Na altura foram proferidos alguns discursos em que foi vincada a importância desta data e foram depositadas flores em volta do monumento ao General Sem Medo.

 

Eu, enquanto eleito independente, o João Paulo Aleixo e o João Fã, eleitos do Partido Socialista, eleitos da oposição na Assembleia de Freguesia da Cela, entendemos uma vez mais marcar presença e deixar o nosso testemunho através de uma simples coroa de flores, porque se hoje podemos dizer sem medo que somos oposição devemos a nossa liberdade aqueles que no passado nos abriram o caminho: Humberto Delgado e os Homens de Abril com ou sem nome gravado na História. Guardar memória do passado para que jamais na história se escrevam páginas negras é construir um futuro que queremos sempre melhor. Por isso, enquanto eleitos na oposição não podemos ignorar o muito que para nós significa esta data que foi uma porta aberta para o futuro.

 

 

Uma homenagem adiada

Terminada a concentração junto ao Monumento seguiu-se um almoço convívio no edifício “A Fabrica”, sede do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo”, que uma vez mais encheu e caprichou na cuidada ementa com que brindou os presentes. È de destacar o dinamismo posto nesta causa e neste evento pela Iva Vieira que transporta bem firme a defesa da Cela Velha, a Memória de Humberto Delgado e dos valores de Abril que lhe foram legados por um grande homem que foi o seu pai Joaquim Carvalho Vieira. A semente do dinamismo local semeada e muito cultivada por esse Homem continua a frutificar no grupo de pessoas que com a Iva e a Lavinia, e restantes companheiros, continuam a fazer deste Rancho um pólo de dinamismo.

Mas, porque ainda há quem lance a areia nas engrenagens, nesta data ficou por cumprir uma Homenagem devida a Joaquim Carvalho Vieira, que tinha sido anunciada com a atribuição do seu nome a uma Rua. Lançamos a ideia que foi aprovada por unanimidade na Assembleia de Freguesia, órgão máximo da freguesia, sem contestação nem dos eleitos nem do público presente, logo não poderemos aceitar que um órgão do poder local seja desrespeitado pois isso significaria a humilhação do poder democrático e um retrocesso a tempos que não queremos. A atribuição do nome às ruas é uma competência da Assembleia de Freguesia.

É preciso desmistificar argumentos falaciosos e repor a verdade para prestar a homenagem devida e quem a merece. Dos que nada fazem não restará história, não podemos é permitir que nos impeçam de atribuir o nome de Joaquim Vieira a uma rua, quando esse Homem deixou o seu nome para a História no muito que fez pela Cela Velha.

 

 

Biografia de Humberto Delgado

“Humberto Delgado – Biografia do General Sem Medo” da autoria de Frederico Delgado Rosa, neto do General, foi apresentado publicamente no decorrer do almoço numa antecipação ao lançamento desta obra que deverá ser apresentada oficialmente no inicio do próximo mês na Assembleia da República. O vasto percurso do General Humberto Delgado, e as suas ligações à Cela Velha são traçados nesta obra de grande interesse para o conhecimento do que foi a vida desta grande figura que deixou forte marca na nossa História.

 

 

 

 

 

 

 



publicado por Joaquim Marques às 13:03
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Quinta-feira, 17 de Abril de 2008
Noticia
 Deixo aos meus amigos o convite para que se inscrevam e estejam presente nestas comenorações do 25 de Abril, num local de forte tradição Democrática, e numa terra que tem cultivado, desde sempre, esta data que nos projecta para o futuro.


publicado por Joaquim Marques às 23:24
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Notícia

Assembleia de Freguesia aprovou Voto de Louvor

à Associação de Trompetistas Portugueses

 

 

A Assembleia de Freguesia da Cela, reunida no dia 10 de Abril de 2008, em sessão ordinária que teve lugar no edifício sede do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo” da Cela Velha, deliberou aprovar por unanimidade um voto de louvor à Associação de Trompetistas Portugueses, com sede no Centro Cénico da Cela, pelo dignificante concerto que promoveu na Igreja Paroquial de Santo André, na Cela Nova.

Este concerto foi digno de registo:

- pela sua notável qualidade musical, que muito agradou aos muitos presentes;

- porque foi o encerramento de um curso de aperfeiçoamento musical;

- porque serviu para que algumas crianças da nossa freguesia, que se estão iniciar na aprendizagem musical, pudessem apresentar-se em público, o que serve de estimulo e motivação;

- porque este concerto é uma forma de divulgação da cultura musical abrindo à população local a possibilidade de escutar um género de musica erudita que precisa de ser divulgada para valorização da nossa população;

- porque este concerto trouxe até nós, um excelente comentador musical, Alexandre Delgado, que tem ligação familiar à nossa freguesia e cujas intervenções foram muito apreciadas.

Pelos factos descritos entendemos que a Associação de Trompetistas é merecedora de um voto de louvor, que lhes sirva de estímulo, para que continuem a promover e divulgar a cultura musical.

Cela Velha, 10 de Abril de 2008

 

 


Esta proposta que apresentei na Assembleia de Freguesia, foi aprovada por unanimidade, o que muito me alegra. Se as competências de uma Assembleia de Freguesia são de nulo efeito prático, pelo menos sempre podemos, nestes gestos conseguir colmatar a apatia e indeferença do órgão Executivo da Freguesia.

                                                                                                    Joaquim Marques



publicado por Joaquim Marques às 11:51
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Terça-feira, 15 de Abril de 2008
Noticia

Cela presta homenagem a

Joaquim Carvalho Vieira

 

 

A atribuição do nome de uma rua foi a forma encontrada pela Freguesia da Cela através dos seus órgãos Assembleia e Junta de Freguesia para homenagear Joaquim Carvalho Vieira, etnógrafo popular, dirigente associativo, e grande dinamizador do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo” da Cela Velha. A sugestão de Joaquim Marques deu corpo a uma proposta subscrita por todos os eleitos da Assembleia de Freguesia que no passado dia 10 de Abril foi aprovada por unanimidade e aclamação na Assembleia de Freguesia.

Por decisão da Junta a até agora rua da Nazaré passará assim a denominar-se Rua Joaquim Carvalho Vieira – etnógrafo-, cuja placa toponímica será descerrada no dia 25 de Abril por ocasião das comemorações do dia 25 de Abril.

 

 

 

 

          Proposta apresentada à Assembleia de Freguesia e aprovada por unanimidade

 

 


 


 _____________________ Proposta _____________________ 

Honrar a dedicação das pessoas que se entregam generosamente e de forma empenhada às causas públicas, engrandecendo com a sua acção a nossa terra, é um dever de todos nós. Este dever torna-se ainda maior quando estamos perante pessoas cuja obra deixa marcas indeléveis que marcaram o passado e apontam rumo no futuro.

Joaquim Carvalho Vieira foi uma dessas pessoas.

Nascido a 3 de Junho de 1927, desde muito cedo se dedicou às causas públicas da sua terra, Cela Velha. Abraçou de corpo e alma o folclore inventariando as danças e cantares perpetuando-os para que não se perdessem. A par disso, soube de forma autodidacta desenvolver um notável trabalho de pesquisa e recolha de danças, cantigas, modinhas, trajes, objectos, utensílios, tradições gastronómicas, que caracterizam a povoação da Celha Velha e o seu quotidiano ao longo dos tempos. Legou-nos todo esse trabalho, que ficou preservado no acervo daquilo que deveria ser um museu popular e agrícola da Cela Velha, bem como na actividade do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo”.

 

Pela sua mão, o Rancho da Cela Velha levou e elevou o nome da Freguesia pelo País fora, conquistou o estatuto de colectividade de utilidade pública e o melhor galardão de qualidade que foi a sua admissão como membro da Federação Portuguesa do Folclore.

 

A sua notável dedicação fez dele não só um dedicado dirigente do Rancho da Cela Velha, mas um notável “folclorista” e um etnógrafo popular de inestimável valor.

Veio a falecer em 29 de Setembro de 1997, deixando na Cela Velha um valioso património com o qual enriquece o prestígio da nossa freguesia.

Por conseguinte, entende a Freguesia, através dos seus órgãos autárquicos (Junta e Assembleia de Freguesia), homenagear um dos seus mais dilectos e ilustres fregueses, através da atribuição do seu nome a uma rua daquela localidade, hoje denominada Rua da Nazaré.

 

Um gesto simples, que nada mais pretende senão honrar a sua memória que com simplicidade ergueu feitos grandiosos.

 

Entregamos esta proposta a V. Exª Presidente da Assembleia de Freguesia da Cela para consideração, aceitação e posterior discussão e votação neste fórum.

 

Cela Nova, 10 de Abril de 2008

Dulce Alves

Representante do PSD

João Fã

Representante do PS

Joaquim Olímpio

Representante da CDU

Joaquim Marques

Representante Independente



publicado por Joaquim Marques às 11:32
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Voltei ....

Regressei .... mas voltei acompanhado

 

Depois de uma longa ausência, voltei a este meu blog e à blogosfera. Depois deste interregno, faço este meu regresso aos blogs por este espaço que dedico à freguesia da Cela Nova, e onde quero e prometo divulgar o que de bom existe na freguesia. Mas, naturalmente também por aqui vou deixar os lamentos e reparos.

Porém, regresso acompanhado pelo João Paulo Aleixo que comigo vai partilhar este espaço, e aqui prometemos ir dando conta daquilo que é a nossa participação na Assembleia de Freguesia da Cela, para onde fomos eleitos eu como Independente e ele eleito pelo Partido Socialista.

A bem da Freguesia da Cela, vamos fazer deste o nosso espaço de debate, partilha e reflexão.

Joaquim Marques



publicado por Joaquim Marques às 11:22
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Sexta-feira, 5 de Outubro de 2007
Noticia: Assembleia de Freguesia
Assembleia de Freguesia sem ordem do dia
Sem nada para discutir, votar ou aprovar no período da Ordem do Dia teve lugar, no passado dia 29 de Setembro, no Centro Cultural e Recreativo do Casal dos Ramos, uma Assembleia da Freguesia da Cela que revela a parelesia em que vive a Junta desta freguesia. Não tinham nada a comunicar a Assembleia, sabendo-se que são muitos e variados os problemas da freguesia. Porém o órgão executivo, no alto do seu poleiro, vegeta à sombra do obscuro poder absoluto em que fazem o que entendem (e não entendem nada) e nada comunicam à Assembleia vá-se lá saber porquê.
Centro Escolar a caminho do deserto
A Carta Escolar do concelho de Alcobaça recentemente aprovada é um atrofio, um mau documento de planeamento que trará graves problemas no futuro do concelho e também da nossa freguesia. Feita por arquitectos, assistentes sociais, e sem que entre os seus autores se contem professores nem sociologos, esta aberração ordena o fecho das várias escolas existentes na freguesia. Grave é que em todas as escolas do 1º ciclo se tem vindo a gastar bastante dinheiro em obras de conservação. Mas a curto prazo, o senhor Presidente da Câmara, vai tirar um coelho da cartola, e vai dizer que o QREN, comtempla uma avultada verba para construir um novo centro Escolar da Freguesia da Cela. Este centro obriga ao fecho das outras escolas que vão ficar abandonadas.
Grave é que este Centro Escolar se vai localizar no deserto.
Entendemos apresentar uma moção de Rejeição da Carta Escolar do Concelho de Alcobaça, porque este documento se torna prejudicial para a população estudantil e para a população da freguesia da Cela porque:
 
1º - Critério de distância
É inconcebível o fecho da Escola do 1º Ciclo e Jardim de Infância do Casal dos Ramos, porque estas servem um importante núcleo populacional da freguesia, numa zona de influência vasta que distam da sede da freguesia. Obrigar as crianças do Casal do Ramos e lugares vizinhos a deslocarem-se para a sede da freguesia é uma maldade para com as crianças e um penalizador castigo para os pais;
 
2º - Critérios pedagógicos e de instalações
Não existem razões pedagógicas ou logísticas que sirvam de argumento para fechar o Jardim de Infância e a Escola do 1º Ciclo, porque estas reúnem as condições necessárias para prestar ensino de qualidade próximo da residência das crianças;
 
3º - Péssima localização para o futuro Centro Escolar
O Centro Escolar que a Câmara quer construir na freguesia da Cela está proposto para um sítio ermo e descampado afastado do núcleo urbano da Cela, e para onde não é previsível que a sede da freguesia venha a crescer nas décadas mais próximas. Pelo que as crianças ficam num sítio sem segurança nem protecção. Exige-se que o Centro Escolar venha a ser localizado mais próximo da área urbana;
 
4º - Centro Escolar não serve a freguesia
Um Centro Escolar que apenas venha a acolher as crianças do ensino pré-primário e do 1º Ciclo não serve os interesses da freguesia da Cela apenas contribuiu para que a nossa freguesia continue a ser uma freguesia dependente e carente. A freguesia da Cela necessita de um Centro Escolar com jardim de infância, 1º e 2º ciclos, que sirva a população escolar e que possa potenciar o desenvolvimento da freguesia. Pretende-se que as crianças possam frequentar durante mais anos a escola na sede da freguesia sem terem que se deslocar para outras freguesia;
 
5º - Violência da rede educativa
A Rede Educativa que obriga a que as escolas da freguesia da Cela sejam integradas no Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto é uma violência física, e de identidade cultural. É uma violência física pois as famílias por ligação afectiva e cultural estão ligadas a Alcobaça e não têm qualquer vinculo ou forma que as ligue a S. Martinho do Porto, além de que fica mais distante uma criança do Casal dos Ramos ou Murteira ser deslocada para S. Martinho. Esta situação poderá, no futuro obrigar os pais a estratagemas para terem os seus filhos nas escolas da sede de concelho e não naquela para onde são obrigados a ir. E é uma violência cultural pois a tendência deveria ser no sentido de favorecer e projectar a ligação à sede de concelho e não a freguesias periféricas que potenciam a ligação das pessoas da freguesia a aproximarem-se mais do concelho de Caldas da Rainha;
 
Porque se entende que a freguesia da Cela sai claramente prejudicada a Assembleia de freguesia entende rejeitar o documento e pedir à Câmara Municipal que reaprecie o documento.
 
 Contudo esta moção viria a ser rejeitada pela maioria. A justificação é simples concordam com tudo, mas não aceitam que se critique e que se rejeite o local previsto para o Centro Escolar. Lá saberão porque.
Contudo não há razões ou argumentos nem de crescimento demográfico, nem sociologico, nem tão pouco é previsivel o crescimento do aglomerado populacional da Cela nesta direcção.


publicado por Joaquim Marques às 12:08
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Domingo, 2 de Setembro de 2007
Noticia: perigo na estrada
Perigo escondido na Estrada da Cela Velha
 
 

O perigo espreita todos os que circulam na estrada entre a Cela Nova e a Cela Velha. Na curva depois da Quinta da Cela Velha, existe um profundo buraco muito perigoso, com a agravante de estar quase sempre tapado por ervas e mato da berma. Um carro ou mota que naquela curva se aproxime da berma corre o risco de poder cair naquela profundidade que poderá ter consequências profundamente nefastas. Esta situação arrasta-se há demasiado tempo, e as autoridades responsáveis ignoram o perigo e irresponsavelmente permitem que o perigo persista. O assunto já foi abordado na Assembleia de Freguesia da Cela, mas a Junta parece não ter ligado nada ao caso. Deveriam a Câmara e a Junta já ter resolvido este problema, uma vez que esta é uma estrada municipal, mas não o fizeram.
Também era altura dos Serviços de Protecção Civil provarem que servem para qualquer coisa que não seja só para consumir dinheiro público.
Porém quase toda a estrada que liga a Cela à Cela Velha é um perigo. São muitos os troços onde não existe qualquer rail de protecção, apesar de existirem precepícios na beira da estrada. Segurança é algo que não existe nesta estrada de onde se pode vislumbrar um soberbo panorama sobre os campos da Cela Velha. Contudo é conveniente a quem circular ter o máximo cuidado ignorar a paisagem e descobrir os muitos perigos, numa estrada que merecia uma intervenção de segurança urgente. 


publicado por Joaquim Marques às 22:38
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Segunda-feira, 13 de Agosto de 2007
Noticia: Esgoto escorre na via pública
Higiene: Colector escorre para a via pública
 
 
 
Mal cheirosas são as águas que saem de um colector de esgotos e escorrem pela via pública na estrada que liga a Cela à Cela Velha. À situação arrasta-se há já algum tempo sem que as entidades públicas se pareçam incomodar com a situação.
Os cidadãos, mesmo os mais preocupados com as questões ambientais, querem abrir o autoclismo e que os dejectos vão parar bem longe o que interessa é que não fiquem a incomodar à nossa porta.
A Junta de Freguesia, que se diz o poder mais próximo do povo, que tem (ou teria) a missão de zelar pelo espaço público, sabe que o problema não é da sua competência e deixa andar.
Os serviços municipalizados enterram as condutas de esgotos debaixo da terra e depois deixam-nas entregues ao abandono da sua sorte pois têm tanto quilómetro de conduta para cuidar que não sabem onde surgem os problemas. Mas, se eventualmente algum funcionário dos SMAS por ali passar aquilo não é problema seu. Os dejectos e águas residuais que deveriam ser encaminhadas para uma Estação de Tratamento de Águas residuais perdem-se em qualquer lado, mesmo que possam contaminar ou conspurcar ás linhas de água.
A Câmara já se livrou deste problema e entregou a gestão dos resíduos a uma empresa. Tanta gente que deveria ter atenção deixa que os problemas ocorram e persistam sem resolução mostram a incúria e o desleixo em que mergulhou a gestão pública.


publicado por Joaquim Marques às 00:03
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Segunda-feira, 2 de Julho de 2007
Notícia
Junta da Cela obrigada
a responder à oposição
 
 
A Junta de Freguesia da Cela foi obrigada pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) a responder aos eleitos da oposição na Assembleia de Freguesia.
Joaquim Marques, eleito pela lista independente “Construir o Futuro”, João Paulo Aleixo e João Fã, eleitos pelo Partido Socialista ao abrigo da lei que regula o funcionamento das autarquias locais em 29 de Dezembro de 2005 entregaram na Assembleia de Freguesia um conjunto de oito requerimentos solicitando informações. A Junta entendeu não cumprir a Lei e não respondeu. Numa atitude tolerante voltamos a entregar os documentos em 22 de Março de 2006 e voltamos a não ter resposta. Em 12 de Janeiro de 2007 voltamos a reenviar os mesmos documentos e como a Junta, numa atitude prepotente e arrogante, não quis responder em 5 de Fevereiro de 2007 enviamos uma queixa à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos que em 18 de Abril de 2007 através do Parecer 83/2007 por unanimidade, obrigou a Junta de Freguesia da Cela a responder aos requerimentos.
A CADA antes de obrigar a Junta a responder pediu esclarecimentos ao Senhor Presidente da Junta, que alegou que “nada tinha a esconder” e que só não respondeu porque eram muitas informações e que a Junta tem pouco pessoal.
Pelo historial apresentado fica claro que a Junta não respondeu porque não quis, pois já passaram mais de 550 dias desde que apresentamos os requerimentos pela primeira vez, tempo mais do que suficiente para fazer umas dúzias de fotocópias. Quanto à falta de pessoal é uma desculpa esfarrapada que não pega, pois esta Junta têm uma secretaria com três funcionárias. Esta postura revela apenas a postura de falta de transparência que se vive nesta Junta, ou seja “fazemos o que queremos e como queremos, sem dar explicações a ninguém”. Isso seria possível numa ditadura, mas por enquanto vivemos em democracia e esta Junta que se julga isenta de cumprir a lei vai ter mesmo que responder como foi obrigada pela Comissão de Acesso.


publicado por Joaquim Marques às 11:30
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Quarta-feira, 30 de Maio de 2007
Noticia
Mostra gastronómica de excelente nível
 
Excelente é o modo como se pode classificar a Mostra de Gastronomia tradicional que teve lugar na Celha Velha no passado domingo dia 27 de Maio por iniciativa do Rancho Folclórico e Etnográfico “Papoilas do Campo”, deste lugar da freguesia da Cela. À iniciativa aderiram quase 300 pessoas que se puderam deliciar com saborosos paladares que nos foram legados pelos nossos antepassados e cujas artes culinárias já andam afastados das ementas do nosso dia a dia. Do campo vieram os produtos utilizados neste evento e que foram cozinhados segundo saberes tradicionais e por métodos também já caídos em desuso proporcionando-nos manjares divinos aos quais ninguém conseguiu resistir.
Com esta iniciativa o Rancho da Cela Velha consegue manter vivas estas ementadas já caídas em desuso, preservando a culinária de raiz popular que a modernidade teima em esquecer. Com as danças e cantares que mantém no seu reportório e com estas iniciativas o Rancho da Cela Velha transforma-se num museu vivo da cultura popular preservando a memória e a identidade das gentes desta terra, que apesar de ser uma pequena aldeia que assim se transforma numa grande terra.
Depois de um excelente almoço seguiu-se uma não menos excelente tarde de animação musical com a actuação do Grupo de Música Tradicional “Mil Cantos”, do Club MillenniumBCP e do Rancho Folclórico da Cela Velha.

Parabéns à Iva Vieira é à sua equipa que souberam manter viva esta iniciativa.



publicado por Joaquim Marques às 20:31
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Segunda-feira, 21 de Maio de 2007
Noticia: Mostra Gastronómica na Celha Velha

 

MOSTRA GASTRONÓMICA
DA
REGIÃO RIBEIRINHA DO
CONCELHO DE ALCOBAÇA
 Dia 27 de Maio de 2007 - 13 horas
 
ANIMAÇÃO:
 
GRUPO ETNOGRÁFICO “MILRAÍZES”
(Clube MillenniumBCP)
 
GRUPO DE MÚSICA TRADICIONALMILCANTOS
(Clube MillenniumBCP)
 
RANCHO FOLCLÓRICO E ETNOGRÁFICO
PAPOILAS DO CAMPO
 
 
Ementa
Canja da “Ti Farricha”
Misturadas
Grêlos salteados em alho com morcela frita
Aferventado de legumes com bacalhau assado,
      sarda, cavala …
Migas
Fritada à “moda dos enchidos”
Coelho de agrião à “Ti Quim”
Galinha guisada à “Ti Farricha”
Faceira com feijoca
Cachola à “Ti Olinda”
Favas guisadas com entrecosto e ervas aromáticas
Papas de farinha de milho
 
Torresmos, Morcela, Morcela de arroz, Chouriço
 
Sardinhas d’ escabeche, Petingas fritas,
      Carapaus fritos, Pataniscas, Sardas escaladas
 
Pêra Rocha em vinho tinto
Maçã assada no forno a lenha
Filhozes
Arroz doce de Lúcia Lima
Brindeiras ou merendeiras de frutos secos
Bolo da noiva
Cavacas de Óbidos
Queijadas do Bárrio (doce conventual)
 
Fruta da região (maçã casanova,
maçã raineta, nêsperas)
 
Vinho da região
Bagaço caseiro
Café da Avó (café de borra)
 
                                       Bom apetite!
Inscreva-se pelos telefones:
262 552 370   ou 219 220 374
Organização:
Rancho Folclórico e Etnográfico "Papoilas do Campo"


publicado por Joaquim Marques às 22:19
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Quinta-feira, 17 de Maio de 2007
Cela - alicerces no passado que esperança no futuro?
 
 
Cela - Sete séculos de história
Com sete séculos de existência, a freguesia da Cela foi uma antiga vila dos Coutos de Alcobaça e conta actualmente com cerca de 3200 habitantes repartidos por dezoito lugares, numa freguesia com cerca de 40 quilómetros quadrados de área. Apesar de ser uma terra muito antiga, existem poucos elementos que nos permitam conhecer o seu passado antes da presença dos Monges Cistercienses. Referem alguns autores que esta freguesia era atravessada por uma via romana, muito concorrida, cujo itinerário não passava por Alcobaça, mas pela Cela Velha e rente à Lagoa da Pederneira.
Os Coutos de Alcobaça gozavam de uma jurisdição especial e os colonos encontravam aqui benefícios especiais, que faziam com que muitos fugidos à justiça do reino aqui encontrassem asilo, acolhimento e sobretudo terra e trabalho para se fixarem. Os monges foram estabelecendo granjas ou herdades, que iam povoando, atribuindo aos colonos condições favoráveis para que se instalassem nos Coutos e aqui fixassem residência. Este foi o processo que acontecia com as outras freguesias e que aconteceu certamente também na Cela.
 
Os Forais da Cela
Os Forais eram documentos atribuídos pelos reis, em Alcobaça pelos Abades, que estabeleciam as regras de povoamento das terras e estabeleciam os tributos e os privilégios dos povos. A Cela teve também os seus forais.
Em 26 de Maio de 1286 D. Frei Martinho II, 15º Abade do Mosteiro de Alcobaça deu aos primeiros 60 habitantes da Cela a primeira Carta de Povoação, que estabelecia os direitos e deveres dos colonos. Estes deveriam pagar o quarto da produção de todas as culturas ao mosteiro, contudo na produção proveniente de terras desbravadas pelos próprios colonos, estes pagariam apenas um quinto da produção. Uma nova carta de povoação foi atribuída à Cela no ano de 1324 e no dia 1 de Setembro de 1514 a Cela recebeu Foral Novo que lhe foi atribuído pelo Rei D. Manuel I.
Contudo estas terras não estariam desertas e até já teriam alguns habitantes, mesmo antes de receberem forais. A existência da Cela Velha permite-nos concluir que já existiria ali um povoado, na zona mais costeira, que poderia ter funcionado como um posto avançado, para uma melhor estratégia de defesa da costa.
A povoação da Cela foi-se desenvolvendo e chegou a ser vila e sede de concelho. A agricultura teve aqui desde cedo um notável desenvolvimento ao ponto de aqui ter existido uma escola prática de agricultura.
 
A origem do nome da Cela
Segundo Baptista de Lima a origem do topónimo de Cela deve-se a uma antiga tradição segundo a qual algumas mulheres se enclausuravam em celas por toda a vida sem nunca de lá saírem, daí aparecerem cerca de duas dezenas de povoações portuguesas com este nome. Na Cela não existe tradição ou lenda que indique a existência de alguma destas “celas”. Para Mário de Sá o topónimo Cela poderá ter origem na palavra “cala, calha” ou “quelha”, que significava caminho, teoria que poderá ter alguma lógica já que neste local existia uma via romana que ligava Lisboa ao Norte e que passava junto à Cela Velha.
Porém, uma outra explicação que será talvez mais aceitável e mais lógica pois tem por base elementos relacionados à vida e actividade dos Monges de Alcobaça. Segundo uma velha lenda, um frade cisterciense instalou-se numa “pequena cela”, onde recebia os tributos dos habitantes destinados ao Mosteiro, que depois eram arrecadados na “tulha” (uma espécie de armazém), e por isso o local ficou a ser designado por “Cela”.
 
Igreja Paroquial de Santo André
O primeiro lugar de culto que existiu na Cela estava completamente em ruínas, quando D. Manuel I mandou edificar no mesmo local uma nova igreja, dedicada a Santo André. Da primitiva construção desse templo pouco resta e a última grande reconstrução efectuada em 1909 deixou-nos a talha barroca setecentista do altar-mor, a pia baptismal do séc. XVI e as seis gárgulas com formas de animais que guarnecem os flancos do templo. A Capela-mor é de abóbada e no altar está colocada a imagem do padroeiro Santo André.
O apóstolo, natural de Betsaida, é padroeiro de muitas igrejas em Portugal. Foi com o seu irmão Simeão, discípulo de João Baptista. Chamado por Jesus “abandona tudo e segue o Mestre”. Raramente André é nomeado no Evangelho, mas é um dos que interroga Jesus sobre o fim do mundo. É também ele que anuncia a Jesus que um jovem tem cinco pães e dois peixes, com os quais será realizado o milagre da multiplicação dos pães. Com Filipe faz de intermediário entre Jesus e os gregos. O nome de Santo André nunca mais se lê no novo testamento. Nada se sabe ao certo sobre o seu apostolado, mas antigas tradições dizem que evangelizou o Sul da Rússia e os Balcãs, vindo a ser crucificado na Grécia, no Acaia. São-lhe atribuídas, ao morrer, belíssimas considerações sobre o amor à cruz.
 
Pelourinho: símbolo do poder municipal
O Pelourinho foi construído em 1514, é por isso um monumento quinhentista erigido quando era Administrador Particular da região, D. Jorge de Melo. É um dos símbolos do poder municipal mais simples dos Coutos, sendo constituído por um cilíndrico liso, assente sobre três degraus circulares. A cerca de um metro acima do 3º degrau aparece um espigão de ferro com um orifício na extremidade. Até dois palmos abaixo do espigão o fuste está desgastado (segundo se crê pelo roçar das correntes dos condenados, presos ao espigão de ferro). No capitel cónico sobressaem as armas dos D. Abades de Alcobaça e a esfera dos descobrimentos.
O remate é feito em forma de pinha simples (pirâmide de quatro faces). Face voltada ao Norte: esfera armilar; face voltada a Sul: escudo (ou brasão do Mosteiro). Estas faces estão cobertas por uma coroa. As outras duas faces estão ornamentadas com o motivo de empenas de igreja.
 
Misericórdia e hospital da Cela
Nesta freguesia existiu em tempos uma Casa da Misericórdia inicialmente instalada numa ermida dedicada ao Espírito Santo. Foi fundada por António Rebelo com provisão Regia e Bula pontifícia do papa Gregório XIII, em 1585, tinha em anexo um hospital e uma albergaria.
Vários documentos referem que o Padre António Rebelo deixara os seus bens aos herdeiros com a obrigação de pagamento anual de dois alqueires de trigo à Misericórdia. O Padre António Fragoso instituíra um morgado com a obrigação de pagamento anual de seis alqueires à Misericórdia e Maria Pires deixou à Misericórdia uma fazenda que a princípio rendia dois alqueires de trigo e mais tarde passou a render quatro alqueires.
Desfrutando sempre de modestos recursos, tinha uma administração simples. Em 1772, a Mesa queixava-se de não de várias dificuldades. O gasto da cera e outros ligados ao culto eram tão grande que em 1776 nomearam capelão o Padre Manuel Marques de Almeida e determinaram que mais ninguém celebrasse missa na igreja a não ser o capelão. Abria-se, no entanto, uma excepção em relação ao Reverendo Dr. José Marques da Fonseca que já tinha sido provedor daquela misericórdia e seria o único padre existente na Cela, além do Capelão. Para se tornar efectiva esta proibição, a Mesa determinou que o sacristão não largava da mão a chave e tornaram-no responsável por qualquer infracção.
 
Cela Velha a povoação mais antiga
Na Cela Velha, actualmente com uma população de duzentas habitantes, destaca-se a Quinta da Cela Velha, o que resta de uma antiga granja actualmente também designada como Quinta Humberto Delgado e que tem resistido na sua traça primitiva.
É ainda na cerca desta Quinta que se situa a capela de S. Bento, a única das dez ermidas, cuja construção data dos primórdios da nacionalidade, embora existam referências mais ou menos lendárias que atribuem a sua construção ao ano 714 da nossa era. Certo é que esta ermida se trata do mais antigo templo existente na freguesia da Cela e um dos mais antigos no concelho. O interesse e valor desta capela particular está na sua antiguidade e na sua história, quanto ao resto trata-se de um pequeno templo de linhas simples e sem grandes ornamentos. Do seu recheio restam uma pequena imagem de S. Bento, uma imagem de Nossa Senhora e um crucifixo.
 
Drenagem dos campos: uma obra histórica
Os campos da Cela Velha estavam submersos durante vários meses por causa das chuvas que vindas das encostas inundavam a Foz do Alcoa e originavam a formação de grandes pântanos. A pedido da população local e com a intervenção também do próprio General Humberto Delgado o Estado procedeu à realização de importantes obras de recuperação dos campos e à criação de um sistema de escoamento das águas através de valas, que fizeram daquela vasta planície um espaço ideal para a horticultura. Foi uma notável obra de engenharia hidráulica que muito veio contribuir para o aproveitamento agrícola dos vastos campos, que se tornaram importantes referências sobretudo na horticultura, tradição que ainda hoje mantém.
 
Monumento ao General Humberto Delgado
Na Cela Velha ergue-se um monumento ao General Humberto Delgado, obra moderna de autoria do escultor alcobacense José Aurélio, recheado de simbolismo para homenagear a grande figura da oposição portuguesa, que ousou desafiar o regime ditatorial, quando se candidatou às pseudo-eleições livres para a Presidência da República de 1958. Esta proeza valeu-lhe a designação de “General sem medo” mas pagou com a vida a batalha que travou em prol dos ideais da liberdade, sendo assinado em Espanha a mando da PIDE.
O monumento em cimento ergue-se no morro sob a forma de pequenos gomos, que representam as forças opressoras fragmentadas por um bloco ao centro simbolizando o estilhaço da força da liberdade e dois pequenos gomos estão no centro da povoação. Este monumento foi inaugurado em 22 de Julho de 1976, com a presença do então Primeiro-Ministro, Mário Soares e muitos milhares de pessoas.


publicado por Joaquim Marques às 00:16
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